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sábado, 16 de julho de 2016

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - “Melodia Imortal”, o primeiro filme exibido no Cine Alvorada

 Daslan Melo Lima

>  Os saudosistas timbaubenses vão adorar reviver as emoções de um dos maiores êxitos do cinema.

          

            No início da rua José do Patrocínio havia um curral de gado, local onde foi construído o Cine Alvorada, com capacidade para 1.044 lugares, inaugurado em 06/01/1960 e desativado em 27/04/1985.  O primeiro filme exibido foi Melodia Imortal (The Eddy Duchin story) sobre a vida de um dos maiores pianistas americanos das décadas de 30 e 40, Eddy Duchin

         Realizado pelo cineasta George Sidney em 1956, o filme cativa a quem o assiste, tendo sido um dos maiores sucessos de bilheteria quando de seu lançamento. Sidney apresenta um belo trabalho, com uma direção segura, enquanto Tyrone Power brilha no papel do grande músico.  Os números musicais, um dos pontos altos do filme, foram executados por Carmen Cavallaro, um dos grandes pianistas da época.
         São inúmeros os ótimos momentos musicais, entre os quais se encontram o Noturno Opus 9, nº 2, de Chopin, e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.  Há, ainda, várias sequências marcantes como, por exemplo, aquela em que Duchin fala para Chiquita sobre seu amor por Marjorie, ou as cenas finais quando ele toca em dueto com o filho. O filme recebeu quatro indicações ao Oscar de 1958: Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora de um Musical; Melhor Gravação de Som e  Melhor Roteiro.
          Sinopse  -  A era das grandes orquestras, dos espaçosos salões de baile e da vida noturna nos cassinos ganha vida novamente em Melodia Imortal, uma biografia musical do talentoso pianista e maestro Eddy Duchin, que embalou a sociedade nova-iorquina nas décadas de 1930 e 1940. Tyrone Power interpreta o determinado Duchin, que chega a Manhattan sonhando apenas com um carro Stutz Bearcat e um moço de notas tão grande quanto o Ritz. Mas na primeira nota que tocou, Duchin roubou o coração de Marjorie Oelrichs (Kim Novak), uma garota da alta sociedade que ensina a Duchin que é o amor, e não o dinheiro, que traz a felicidade. Mas assim que chega a felicidade, chega também a tragédia, deixando Duchin sozinho com um filho recém-nascido e sem vontade de viver. George Sidney dirige esta comovente história de um homem que descobre tarde demais a verdadeira essência da vida. Um filme de rara emoção embalado por uma magnífica trilha sonora contendo músicas inesquecíveis de Cole Porter, Goerge Gerswin, Frederic Chopin e Oscar Hammerstein.
         Melodia Imortal pode ser assistido no Youtube, através do link www.youtube.com/watch?v=DPCU5v0iRR8

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E por falar no Cine Alvorada

Timbaúba, década de 1950. O Morro da Abolição (Alto do Cruzeiro) era praticamente desabitado. No início da rua José do Patrocínio havia um curral de gado, local onde foi construído o Cine Alvorada, com capacidade para 1.044 lugares, inaugurado em 06/01/1960 e desativado em 27/04/1985.
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O imóvel imponente, que era propriedade do empresário Ramiro Brandão, um dos pioneiros da indústrio de calçados em Timbaúba, foi construído por Manoel José dos Santos (1907-2012). No local funciona hoje uma clínica médica e um estacionamento de veículos. 
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O construtor Manoel José dos Santos, pai do ex-vereador Metaxas Rodrigues dos Santos, foi responsável pela construção, reforma e ampliações de importantes obras, não só na região, mas em todo o Brasil, conforme a página acima, de nº 207, extraída do livro "Timbaúba Ontem e Hoje-Volume II", de Lusivan Suna, Edições A Província-1996. O Sr. Manoel José dos Santos, que completaria 105 anos no dia 18 de maio de 2012, morreu no dia 22/04/2012. Era a pessoa mais idosa de Timbaúba.

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Um comentário:

Anônimo disse...

GUARDIÃO DA MEMÓRIA

(Inspiração da crônica TIMBAÚBA FORMOSA, de Vitória Régia)

Por Josafá de Freitas.

Cine Alvorada - Sonho realizado pelos empresários Ramiro Brandão, de Suna Santiago, José Bezerra e Pedro Menezes, todos empresários oriundos do setor calçadista, pois eram sócios da fábrica de calçados Criança.

O projeto arquitetônico e a construção foram de autoria do timbaubense Manoel José Rodrigues, pai do conhecido Metaxas, empresário da área da mecânica e ex-vereador local.
O serviço de carpintaria que incluiu até a cobertura ficou a cargo Sr. Hermes Martins, morador da Ferreira de Albuquerque, meu vizinho e pai do José Martins, que até hoje é gerente da Gráfica Paraguassu, do Roberto Broa.

As cadeiras, que sinto informar não eram poltronas vermelhas, e, sim de madeira, foram executadas pelo mestre marceneiro Sr. Apolônio, "in memorian", residente próximo ao antigo matadouro municipal, que ficava ao lado da Rua da Mangueira, no início de timbaubinha.
Ainda sobre as cadeiras, eram 1.176 contadas por mim e por Rogério Lucena, 24 do total de 1.200 estavam faltando naquela noite, para reparos.

Na bela recepção, um painel pi tafo em estilo "Cubista", pintado por Lucinha, filha do Sr. Hermes, empresário e proprietário do Cine Recreios. A bomboniere, era concessão ao comerciante Benigno Galvão, que fundaria a Loja de Discos e artigos sonoros e eletrônicos, "O Império".

O responsável pela exibição dos filmes era nosso amigo EVALDO, "in memorian".
Pelo seu imenso palco, que cálculo em 400 M2, passaram grandes nomes da música, da comédia e do teatro tais como; Lucho Gatica, cantor de boleros chileno, Gregorio Barrios, cantor popular espanhol, Waldick Soriano, Raul Gil, Michael Sullivan, seu irmão Leonardo, Jerry Adriani, Ronnie Von, o comediante Zé Trindade.

Nossa juventude pode desfrutar de incontáveis shows, no estilo Jovem Guarda, sob a batuta de Ivonaldo Lima, " in memorian", irmão de Michael Sullivan, e de Vital Bertino, "in memorian", uma tarde de sábado, em 1981, estive com meus filhos assistindo "A Revolta dos Brinquedos", que não esqueci jamais.

Num desses shows, meu grupo vocal, "Os Ciganos", que além de mim, contava com o Paulo do Baixo, o Geraldo Portela, o Walter Henrique, "in memorian", que nos anos 80 encarnou o "Coroné Catuaba", na rádio Princesa Serrana e o José Carlos, "pato rouco". Recebeu um rasgado elogio dos "Líderes", pois pensavam que estávamos dublando.

Em 1968, o Inesquecível Clube Irmã Albertine que eu presidia, promoveu, em Outubro daquele ano, (guardo um ingresso), o I Festival do Cinema de Arte, cujo filme de encerramento foi "O Diário de Anne Frank", que completaria cem anos, se viva estivesse.
Bem em frente te 'as bilheterias, saguão da entrada, um aluno do Cenecista, de nome Isaías, mantinha uma banca de doces com sua mãe.

Na extensão da calçada e na pracinha em frente, adolescentes faziam escambo com gibis do Tarzan, Zorro, Superman, Fantasma, Tio Patinhas , e de romances tipo Carícia, de fotonovelas como Capricho, Sétimo Céu, além do indefectível pornô do Carlos Zéfiro.
Tenho desafiado todos daquela época a publicar uma foto, UMA SÓ, QUE SEJA, do interior, da platéia do Alvorada sem sucesso.

Poucos se preocupam em salvaguardar a memória.

É nossa cultura. É isso.