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sábado, 13 de outubro de 2012

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

FELIPE GOL, UM ÍDOLO DO TIMBAÚBA FUTEBOL CLUBE



          Felipe de Matos Silva, o Felipe Gol, nasceu em São João do Meriti, Rio de Janeiro, por força das circunstâncias. Seus pais, Demerval de Matos Silva (1953-2011), de Sapé-PB, e Maria das Lágrimas Matos Silva, de Pedras do Fogo-PB, casaram e migraram para o sudeste em busca de dias melhores.  Mas ele é prata da casa, pois foi criado em  Timbaúba.
      Seu pai, que chegou a atuar no Olaria do Rio, foi o maior incentivador do seu ingresso no futebol.  Felipe Gol integrou a equipe juniores do Santa Cruz Futebol Clube e do alto dos seus 1,81 de altura e 81 Kg, afirma que teve a satisfação de ter sido convocado para a seleção pernambucana sub-17 e campeão norte-nordeste da categoria.  Lamenta não ter ido mais longe em determinada época da sua vida devido a ausência de um bom “pistolão” , mas não guarda mágoas. Ficou afastado dos estádios quando sofreu rompimento de menisco,  fase em que foi comerciário e modelo, mas hoje,  de volta aos gramados, é um dos mais promissores talentos do Timbaúba Futebol Clube.


Demerval de Matos Silva (1953-2011),
pai de Felipe Gol

     As verdades de Felipe Gol: Meu estado civil é solteiro, mas tenho uma união estável com Josy Mendes, mãe dos meu filhos Beatryz e Felipe Gabriel e também sou pai de  Nathalya,  filha de um relacionamento anterior. Sou timbaubense de coração, pois cheguei aqui com 4 anos de idade, quando o meu pai deixou o Rio para atuar no setor de farmácias em Timbaúba. Conclui  Estudos Gerais na  Escola Estadual Jornalista Jader de Andrade. O futebol já meu deu muitas alegrias, entre elas, a condição de vice-artilheiro do Campeonato Pernambucano Juvenil, com 27 gols. Outra: a de ter feito o gol da vitória na final nordestina contra a seleção da Bahia. Deu-me também tristezas, como a de estar prestes para ser contratado pelo Náutico, o que não aconteceu devido à crise que o clube enfrentava na ocasião. Nós jogadores precisamos manter a cabeça no lugar, pois é preciso estrutura emocional para resistir aos assédios das “marias chuteiras”. O meu pai é o maior ídolo da minha vida. Sinto muitas saudades dele. Num dia de tristeza me faltou meu velho. E falta lhe confesso que ainda hoje faz. E me abracei na bola e pensei ser um dia um craque da pelota ao me tornar rapaz. Um dia chutei mau e machuquei, e sem ter mais meu velho pra tirar o medo, foi mais uma vontade que ficou pra trás.


PING-PONG COM FELIPE GOL-  Um jogador de futebol que a história guardou: Ronaldo Fenômeno.  ***** Um ídolo internacional do passado: Eusébio, antigo craque da seleção portuguesa. ***** Um jogador que a história vai guardar: Neymar.  ***** O jogador mais injustiçado da história: Barbosa, goleiro da seleção brasileira de 1950. ***** Clube do coração: Náutico. ***** Comida: Feijão preto com arroz. ***** Bebida: Suco de graviola. ***** Cor: Preta. ***** Ator: Paulo Goulart. ***** Atriz: Suzana Vieira. ***** Cantor: Benito de Paula. ***** Cantora: Vanessa da Matta. ***** Programa de TV: Os esportivos. ***** Uma personalidade que é a cara de Timbaúba: Marinaldo Rosendo de Albuquerque. ***** Religião: Católica. ***** Santo de devoção: Nossa Senhora Aparecida.    

          E assim conhecemos um pouco de Felipe Gol, que não tem dúvida alguma de que um dia o Timbaúba Futebol Clube ocupará o seu merecido lugar de destaque no futebol pernambucano e nacional.  


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      CORREIO DE NOTÍCIAS

Já está circulando a edição de outubro do jornal CORREIO DE NOTÍCIAS, focalizando a cena social, cultural, política e econômica de Timbaúba e região. Para conferir todo o conteúdo da publicação, clique neste link: www.jcnoticias.net .  

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MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Houve um tempo em que Timbaúba exportava calçados para os Estados Unidos e Europa.  Na imagem acima, uma prova incontestável dessa verdade: um caminhão de mercadorias onde se lê: CALÇADOS GLEBA - DE TIMBAÚBA PARA NEW YORK. ***** Foto: Acervo de Celma Lúcia Vasconcelos.
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ROTEIRO POÉTICO DE TIMBAÚBA
Porque é quase verão, o ceu timbaubense convida para mil reflexões. Diante do por do sol do bairro de Timbaubinha, recito um trecho de Florbela Espanca, poesia em forma de oração: "Que DEUS faça de mim, quando eu morrer, /  Quando eu partir para o País da Luz, / A sombra calma dum entardecer."  
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CINE TEATRO RECREIOS BENJAMIN: ESTIGMA CULTURAL DA CIDADE DE TIMBAÚBA-PE (Último Capítulo )


 Alexandre José Barboza dos Santos, Bacharel em Ciências Contábeis (FACET), Especialista em Auditoria Fiscal e Tributária (UFPE), Mestrando em Gestão Pública (UFPE), Contador, Professor do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Timbaúba e Servidor efetivo da Prefeitura Municipal de Timbaúba.   
A Necessidade Imprescindível do Restauro
A situação do imóvel hoje é deplorável, condição esta que vem se arrastando desde 1991 quando o mesmo tornou-se inoperante e está fechado há mais de dez anos. Na verdade, a preservação do Cine Teatro é precaríssima. Em suma, o marco de uma época de glórias da cidade está carecendo urgentemente de passar por um restauro caso contrário o mesmo corre o risco de desabar. Na verdade não precisa demolir o bem tombado para derrubá-lo, basta apenas abandoná-lo que isto ocorrerá de forma gradativa.
Diante desta problemática, nasceu um grupo constituído por escolas privadas e públicas que tomaram a coordenação de um projeto denominado de Lágrimas do Cine Teatro Recreios Benjamin, comprometendo-se em sensibilizar a sociedade em geral para entrarem na luta pela revitalização do mesmo.
Em 09 de agosto do corrente ano de 2011, pondo em prática uma das inúmeras estratégias definidas pelo projeto supracitado, centenas de estudantes de escolas públicas e particulares timbaubenses foram as ruas como forma de ato público clamando por providências por partes das autoridades para que a situação atual do Cine Teatro Recreios Benjamin fosse revertida através do restauro do imóvel com intuito de evitar o seu desabamento.
O Jornal do Comércio em 15 de agosto de 2011 fez o seguinte comentário:
“O Cine Teatro Recreios Benjamin é personagem de uma situação atípica que se arrasta há anos. Carecendo de uma restauração urgente, a fim de não desabar, não foi desapropriado, pertencente a terceiros e está alugado a Prefeitura Municipal de Timbaúba. A Fundarpe declara que tem o maior interesse em restaurar o imóvel, todavia declara que o assunto esbarra no fato de o mesmo não pertencer ao município ou estado.” 
           No entanto, a citação acima contraria o Decreto lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, em seu Artigo 19, onde afirma que:
“o proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para proceder às obras de conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e necessidade das mencionadas obras, sob pena de multa correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa.”
Assim percebe-se que o empecilho não é o imóvel ser de propriedade privada, pois no mesmo Decreto lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, também no Artigo 19, e no § 3º afirma:
“uma vez que verifique haver urgência na realização de obras e conservação ou reparação em qualquer coisa tombada, poderá o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tomar por iniciativa de projetá-las e executá-las, a expensas da União, independentemente da comunicação a que alude este artigo, por parte do proprietário.”     
Contudo é bom ressaltar que a relação entre grupos envolvidos com as políticas de patrimônio é, frequentemente, conflituosa. Neste contexto: “a antinomia entre o público e posse exprime a dificuldade de pensar o patrimônio histórico como um bem coletivo numa sociedade que privilegia a propriedade privada”. O bem tombado fica submetido a uma posição ambígua na qual a “coisa” recebe a tutela do Estado que pretende com isso proteger o “valor cultural” que a coisa expressa. O proprietário tem a posse da “coisa” e é a “coisa” que lhe interessa. O Estado se interessa pelo “valor cultural”, o qual somente pode ser protegido se a “coisa” estiver preservada.  (TAMASO, 2007)  
A tensão entre proprietários e o poder público pode ser dirimida com a aplicação do aparato legal, até parcialmente já citado neste trabalho. A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, através de parecer de 04/2011, afirma:
 “convém salientar a importância da recuperação e preservação do Cine Teatro Recreios Benjamin, anseio de toda a sociedade timbaubense, para cultura pernambucana. O imóvel, que teve seu valor cultural reconhecido pelo Estado através do Tombamento homologado em 1983 constitui ao lado do Cine Teatro Guarani em Triunfo, do Politheama, em Goiana e do Apolo, em Palmares, os mais expressivos exemplares do gênero do interior do Estado. Sua recuperação e revitalização em muito contribuirá para o fortalecimento da nossa cultura, sendo de bom alvitre o compromisso assumido pelo governador para reabilitação desta Casa de Espetáculos.” 
Em nota através do seu site a Prefeitura Municipal da cidade diz que tem feito todos os esforços para que este espaço cultural volte a ter o público em suas cadeiras, afirmando que já existe um projeto elaborado pela Prefeitura com a FUNDARPE na possibilidade de ocorrer o restauro. Até porque o mesmo sendo de propriedade particular está sob a administração da prefeitura local há muitos anos.
 Cabe então aguardar os trâmites burocráticos e legais desse pleito social, pois a sociedade anseia e faz votos de que as providências não ocorram tarde demais, para que as gerações futuras não corram o risco de chegar a conhecer o seu passado exclusivamente por meio de um álbum de fotografias.
Considerações Finais
Os argumentos empregados neste trabalho serviram para legitimar o Cine Teatro Recreios Benjamin, como um bem cultural, de herança coletiva, por ser representante de uma história componente de uma identidade cultural, de valor imensurável.  
O tombamento constituiu-se em uma grande vitória, contudo este não gerou um efeito esperado. O restauro é algo imprescindível, caso contrário o mesmo poderá vir a desabar.  E para que este restauro aconteça se faz necessário transpor os obstáculos burocráticos e legais, quiçá isto acorra com brevidade, caso contrário poderá ser tarde demais.
O restauro precisa ocorrer por três motivos, por este ser um espaço cultural do qual a cidade carece, também pelas origens culturais que ele revela e em fim pela grande afeição que o povo a ele devota. Pois, sem demasia, o Cine Teatro Recreios Benjamin é um estigma cultural da cidade de Timbaúba.
Referencial Bibliográfico
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MOURA, Isnar de. Timbaúba na Saudade. Revista Especial Timbaúba. Publicação Especial da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Timbaúba. Timbaúba, outubro de 1987.
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 SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura? – São Paulo: Editora Brasiliense, 2004.
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TAMASO, Izabela. Preservação dos Patrimônios Culturais: direitos antinômicos, situações ambíguas. IN: Anuário Antropológico 98. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro 1998. 
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TIMBAÚBA, Prefeitura Municipal – Revista Comemorativa do Centenário – Fevereiro de 1982.


JADER DE ANDRADE - Poeta e jornalista, redator chefe do Diário de Pernambuco. Como político foi Prefeito de Timbaúba entre 1919 a 1922, sendo também Deputado Federal e Senador.  
ISNAR MOURA - Professora, escritora, jornalista, poetisa e pesquisadora educacional. Manteve coluna nos seguintes jornais: Jornal do Comércio, Folha da Manhã e Diário da Noite.
ANA EUFRÁZIA -  Professora, que educou várias gerações timbaubenses, o seu nome esta eternizado em Timbaúba. Em sua homenagem existe uma escola estadual que carrega o seu nome.
LUIZ MARINHO FALCÃO FILHO - Nascido em Timbaúba em 1926, teatrólogo de projeção nacional e internacional, autor de várias obras e detentor de vários prêmios, entre eles da Academia Pernambucana de Letras e o Prêmio Moliere, em 1978.  

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