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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

sábado, 8 de outubro de 2011

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

RAMIRINHO BRANDÃO, “VOLTAREI A ENXERGAR PARA VER MEUS FILHOS”

Daslan Melo Lima

          No dia 07/05/1983, um acidente no bairro de Timbaubinha mudou para sempre a vida de Ramiro Brandão Filho, o Ramirinho, caçula e único filho homem do empresário Ramiro da Silva Brandão e Maria José de Queiroz Brandão. Ele não hesita em confessar como tudo aconteceu: “Eu era muito jovem. Tinha apenas 21 anos de idade, ia completar 22 anos três dias depois, no dia 10. Eu era inconseqüente, estava alcoolizado, sem cinto de segurança, e o meu carro colidiu de frente com um outro que estava estacionado nas imediações da Padaria Paris. Os  estilhaços de vidro causaram a perda da minha visão. Meu pai fez tudo que  poderia fazer para que eu voltasse a enxergar, inclusive levando-me aos Estados Unidos por duas vezes.” Detalhe: Em Houston, após uma cirurgia, quando retiraram os curativos dos seus olhos, Ramirinho  conseguiu, com o auxílio de lentes fortíssimas, ler a palavra Colgate e ver o pai, de forma precária, mas o quadro de melhora não evoluiu. 

  Ramiro Brandão Filho, Ramirinho.
         Ramirinho procura conviver com as boas lembranças do passado: o carinho que recebia dos pais; a cor azul; os rostos das irmãs Raquel, Rute, Rebeca e Risalva; os filmes que assistia no Cinema Alvorada e as fisionomias das atrizes Sophia Loren, Matilde Mastrangi, Brigitte Bardot e Vera Fischer; a vida escolar no Colégio Timbaubense e Escola Santa Maria; os professores Guedes e Florize... 

 Ramirinho e sua saudosa mãe Maria José de Queiroz Brandão, na solenidade de formatura, no Colégio Timbaubense.

       As opiniões de RamirinhoUma mulher bonita: Nize Cavalcanti. Uma pessoa que é a cara de Timbaúba: Celma Lucia Vasconcelos. Personalidades timbaubenses que a história guardou: Maria da Penha de Queiroz e Dr. João Ferreira Lima Filho (Dr. Joãozito). Personalidade timbaubense que a história vai guardar: Terezinha de Jesus Azevedo. Filmes inesquecíveis: “Amor, Estranho Amor” e “Titanic”. Uma música: "Além do Horizonte", de Roberto Carlos. Uma saudade: Muitas. De Olinda, de Boa Viagem, da cor azul, do meu tempo de estudante, dos espetáculos no Cine Teatro Recreios Benjamin... Maior defeito: Confiar demais nas pessoas. Maior virtude: Sou comunicativo. O que mais admira no ser humano: A simplicidade. O que não suporta nas pessoas: Inveja e falsidade. Um sonho de consumo: Um carro com motorista. Um motivo de orgulho: Minha famíliaUm motivo de arrependimento: As tantas vezes que ingeri bebidas alcóolicas, mas deixei de beber no dia 31 de dezembro de 2006. Santo de devoção: Santo Antônio. Viver é... Acumular experiências a cada dia. Morrer é... Renascer para uma nova missão.
         Ramirinho aprendeu o alfabeto braile em cinco meses, no Instituto Antonio Pessoa de Queiroz Melo, mas tem dificuldade de usar o tato para ler. É atualizado e escuta diariamente os programas jornalísticos da TV. Faz a barba diante do espelho, como se estivesse enxergando normalmente. Dorme bem e os seus sonhos são povoados por pessoas que conheceu antes do acidente e por gente que nunca viu. 
Ramirinho ladeado pelos filhos Ramiro Neto e Rômulo.

         Pai de Ramiro Neto (19 anos)  e de Rômulo (17 anos), frutos de um relacionamento que durou 14 anos, com a estudante de enfermagem Joselane Matos, Ramirinho se emociona ao confessar que convive com a esperança de um dia voltar a enxergar. “Sou um homem que espera o melhor, por isso a música da minha vida é aquela do Roberto Carlos que diz que além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz. A medicina tem avançado e as pesquisas com células tronco estão na ordem do dia. Quando um dia eu voltar a enxergar, a primeira coisa que quero na vida é abrir os olhos para conhecer os meus filhos.”
          No momento em que Ramirinho dizia isso, as lágrimas caiam dos seus olhos. A cena me tocou profundamente. Um apertou minha garganta, não consegui perguntar mais nada e dei a entrevista por encerrada.

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EDUARDO, UM TIMBAUBENSE NA MICROSOFT

O casal Walter e Verônica Apolinário esteve nos Estados Unidos visitando o  filho Eduardo (Dudu), funcionário da Microsoft, em Seattle. O assunto será tema de reportagem em uma das próximas edições de PASSARELA CULTURAL 

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MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Início dos anos 1950 ou 1960? Uma garota está fardada para ir à escola. A rua deve ter mudado, mas talvez aquele portão ainda seja o mesmo. Que rua é esta que transmite tanto silêncio, tanta saudade e tanta nostalgia? 
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 MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Um domingo no centro de Timbaúba, silencioso como todos os domingos, principalmente nos anos de 1950/1960. O Mercado Público fechado e uma pessoa encostada na parede, duas pessoas sentadas no banco da praça deserta,   três árvores... Personagens de um domingo silencioso que se foi, para sempre se foi. 

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VIDAS QUE SE APAGAM A SORRIR
 

(Timbaúba-PE) - Ele é Luiz Gonzaga da Cruz, timbaubense, 80 anos completados no dia 25 de fevereiro. Ela é Maria das Mercês Rodrigues Cruz, natural de Condado-PE, 76 anos completados no dia 24 de setembro. Ele e ela enfrentam problemas de saúde. Ele, por exemplo, já passou por 10 cirurgias e perdeu a visão. Apesar disso, ambos estavam sorridentes na festa de aniversário do Motor Clube de Timbaúba, dançando como nos velhos tempos. ***** Sr. Luiz e D. Mercês foram as primeiras pessoas a se levantarem para dançar, quando a "Orquestra Som Classe A" deu início à festa ao som da música "Luzes de Ribalta",  de Charles Chaplin.  “Vidas que se acabam a sorrir, / luzes que se apagam, nada mais. / É sonhar em vão tentar aos outros iludir, / se o que se foi pra nós não voltará jamais. / Para que chorar o que passou, / lamentar perdidas ilusões, / se o ideal que sempre nos acalentou / renascerá em outros corações.”
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