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sábado, 6 de agosto de 2011

SESSÃO NOSTALGIA – Vera Fischer, Miss Brasil 1969, a simplicidade de uma camponesa

Daslan Melo Lima

               Fiquei triste ao ler recentemente na revista VEJA (Edição 2228, de 03/08/2011), a reportagem UM ÍDOLO QUE CAI – DE NOVO. Eis o que diz, na íntegra,  a matéria:
               Há pelo menos vinte anos a atriz Vera Fischer luta contra a dependência de drogas e álcool. Agora, quase aos 60 anos, volta a se internar em uma clínica para viciados.
             A atriz Vera Fischer, 59 anos, internou-se em uma clínica para reabilitação de dependentes químicos para tentar, mais uma vez, enfrentar os fantasmas das drogas e da bebida. Foram os dois filhos de Vera, o estudante Gabriel, de 18 anos, e a atriz Rafaela, de 32, que convenceram a mãe a dar entrada no Núcleo Integrado de Psiquiatria (NIP), na terça-feira passada. Depois de ver a mãe passar mal durante o fim de semana, a ponto de ficar com o rosto semiparalisado, Rafaela chamou o irmão e, juntos, pediram que procurasse tratamento. Os problemas de Vera são conhecidos há mais de vinte anos. Ela já esteve em clínicas de recuperação pelo menos cinco vezes.
               Ao histórico de abuso de substâncias perigosas Vera somou sintomas de depressão desde meados de 2009, quando morreu seu primeiro marido, o ator Perry Salles, a quem era intensamente ligada. Com câncer no pulmão que, nos estágios finais, se espalhou para o cérebro, Salles voltou a morar no apartamento dela para cuidados derradeiros. A tendência de Vera ao isolamento sempre foi grande – e sofrida. “Passei por momentos muito ruins de solidão”, escreveu numa inconscientemente ingênua biografia publicada em 2007. “A solidão é boa, é criativa, é relaxante, é a paz. Mas é claro que eu gostaria de encontrar um novo namorado.” Depois da morte do ex-marido, a situação se agravou. “Ela não aparecia mais em festas e não retornava ligações. Quando falávamos em visitá-la, ela dizia que não estava se sentindo bem ou que preferia ficar sozinha”, conta um amigo. Trancada em seu apartamento de cobertura no Leblon, vivia escrevendo – a lápis - , numa escavação sem fim dos próprios sentimentos. Em dezembro do ano passado, em entrevista à revista CONTIGO!, Vera declarou: “Antigamente, eu vivia rodeada de gente que me sugava. As pessoas se aproveitavam de mim. Adoro meu momento caseira”. Disse que estava longe das drogas havia quinze anos.
               Beleza, fama, onipotência, fragilidade emocional e lampejos de talento verdadeiro formam o caldeirão que ilumina as telas e assombra a vida de Vera, em especial depois que conheceu o ator Felipe Camargo, com quem mergulhou na cocaína e na bebida durante um infernal período. Depois, ela chegou a perder a guarda do filho Gabriel e a ter a carreira artística ameaçada. No primeiro semestre, interrompeu o isolamento para fazer uma pequena participação em Insensato Coração, como namorada de Teodoro (Tarcísio Meira). “A última internação da Vera foi há catorze anos. Portanto, ela estava bem”, diz sua amiga e assessora Liége Monteiro. “Ela vai dar a volta por cima, como sempre deu.”  

               Eu pensava que as drogas e bebidas fossem assuntos encerrados na vida da bela Vera Fischer, Miss Blumenau, Miss Santa Catarina, Miss Brasil e semifinalista do Miss Universo 1969.  Depois que li a matéria da VEJA, fui rever meus álbuns de recortes da adolescência, a fim de reencontrar aquela Vera Fischer simples que as revistas focalizaram no final dos mágicos anos sessenta.
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               Com o Maracanãzinho totalmente lotado, em meio a aplausos, foi eleita Miss Brasil 1969 a senhorita Vera Fischer, representante do Estado de Santa Catarina. Desde o desfile em longo, quando as candidatas apareceram pela primeira vez na passarela, Vera Fischer foi a mais ovacionada. A regularidade de suas feições, seu porte de rainha e as linhas perfeitas de seu corpo, reveladas na parte final, quando se deu o desfile de maiô (todas as misses se apresentaram com maiôs Catalina), constituíram trunfos certos para a conquista do cetro da beleza nacional deste ano. Com a vitória, Vera Fischer será a representante nacional para ir ao famoso concurso Miss Universo, a ser realizado no próximo mês em Miami, nos Estados Unidos. (Revista O  CRUZEIRO)
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                “Vera Fischer nasceu miss. Tem todo aquele jeito de quem entra no concurso, passeia sua beleza e sai vitoriosa. Desde o instante em que ela apareceu na Socila eu não tive a menor dúvida.” Quem diz isso é Maria Augusta, dona da mais famosa escola de manequins do país e a pessoa que mais entende de passarelas entre nós. Na sua modéstia, porém, a catarinense estava longe de imaginar que seria sua a faixa de Miss Brasil 1969. Quando o locutor anunciou seu nome como vencedora, diz quase desmaiou de emoção: achava impossível bater Maria Lúcia, a linda Miss São Paulo. (Revista MANCHETE)
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                Sabia-se que Vera chegou ao Rio defendendo Santa Catarina, eleita primeira Miss Blumenau. E que ganhou, de saída, a preferência dos entendidos e o prêmio de Miss Fotogenia, dado pelos fotógrafos no ensaio geral. Mas, entre os 20 mil espectadores, duas pessoas conhecem bem de perto esta garota que nunca havia viajado até o Rio, que coleciona selos, é estudiosa e quer terminar o clássico para prestar vestibular de Filosofia. “ – Minha garota é quietinha, um pouco tímida. Gosta de escrever e já rabiscou um romance que eu não sei por onde anda. Não tem namorado e prefere ficar em casa ouvindo discos românticos e sair para passear. Não sei como vai ser agora.”  É d. Hildegard Fischer, mãe da nova Miss Brasil, que está preocupada e não sabe ainda como irá ajeitar tudo para acompanhar a filha em suas andanças de rainha. Ela e o marido, Emil, um senhor calado, de olhos sorridentes, vieram torcer pela Verinha e pretendem seguir juntos até Miami. Quem ficou uma fera foi o irmão mais novo, Werner, que está fazendo provas e teve de acompanhar pela televisão a eleição da primeira Miss Santa Catarina ao trono de Miss Brasil. “ – Estou contente. As outras me diziam que eu seria finalista, mas só ter participado do concurso já bastava. Agora eu ganhei e não sei direito como será. Minha mãe já chegou?”  (Revista O CRUZEIRO)
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               De todos os conselhos recebidos ainda em sua terra, o mais importante para Miss Brasil foi o que recomendava simplicidade – o maior segredo da sua vitória no Maracanãzinho. Vera Fischer, a jovem que saiu de Blumenau e conquistou o Maracanãzinho, é a criatura mais simples do mundo. Mesmo depois de ganhar o titulo de beleza, ela continua achando que havia candidatas melhores que ela.
           “Até a semana passada, na minha vida não tinha acontecido absolutamente nada. Tive uma infância normal, uma adolescência tranquila. Para dizer a verdade, eu nunca me considerei bonita. Sabia que não era feia, mas estava longe de imaginar que poderia vencer o concurso. Sou muito desconfiada, não acredito em cantadas e quero me casar não com um homem rico, ou bonito, mas com um homem que goste de mim, que me faça muito feliz. Acho que o amor é a coisa mais importante do mundo: sem ele nada existiria. De nada adiantam a beleza e o dinheiro se a pessoa não tem amor, da mesma forma que de nada adianta o amor se não existem paz e tranquilidade. A respeito da liberdade sexual, nada tenho a dizer. Nunca viajei, sou um provinciana que gosta de usar coisas modernas, que é fã dos hippies, e sonha ser manequim de uma revista famosa...”
               Vera continua a falar, seus olhos verdes observam a paisagem aberta do Rio enquanto seu quarto no Hotel Glória vai se transformando num jardim de flores e presentes. “Em Blumenau, várias senhoras entraram no meu quarto, abriram meu guarda-roupa e escolheram o que eu devia trazer ao Rio. – “Você deve ser uma moça comportada. Leve roupas compridas, discretas, cores suaves. Deixe de lado essas mini-saias, essas correntes hippies, esses lenços apaches, essas botas sexy. Seja simples, seja uma camponesa...” (Revista Manchete)
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               Na tarde deste primeiro domingo de agosto, o mês que, infelizmente, rima com desgosto, estou perdido em pensamentos sobre os mistérios da vida e os caminhos nem sempre iluminados da beleza, do glamour, da fama e da fortuna. Estou rezando para que a atriz Vera Fischer se recupere e  que reencontre aquela Vera Fischer Miss Brasil 1969 que um dia seguiu os singelos e sábios conselhos das senhoras de Blumenau: “Seja simples, seja uma camponesa.”  
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Timbaúba-PE, 07/08/2011

4 comentários:

DASLAN MELO LIMA disse...

E-mail enviado por Muciolo Ferreira, Recife-PE
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Desde que Vera Fischer saiu do anonimato para entrar no rol das celebridades, a alegria e a tristeza seguraram cada uma das suas mãos para nunca mais largar.
Acredito que se Vera Fischer pudesse retornar ao passado, ao passar a faixa à sua sucessora, Eliane Fialho Thompson, teria se exilado do glamour dos holofotes e voltadeo a ser a simples camponesa do Vale do Itajaí, e hoje seria bem mais feliz.

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DASLAN MELO LIMA disse...

E-mail enviado por Roberto S. de Castro, São Paulo-SP
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Espero também que Vera Fischer saia dessa e torço para que que volte a nos encantar nos dramas das novelas da televisão.
Chega de tanto drama na vida real!

Roberto S.Castro
São Paulo-SP

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Anônimo disse...

Linda Miss. Linda Atriz.
Eu queria entender o que leva uma mulher assim a mergulhar no caminho tenebroso do vício.
Também estou rezando por ela.

Parabéns Daslan, pela linda crônica !

C.Rocha
Floripa

Anônimo disse...

Dna Vera, feche a cara e seja você, você NÃO precisa provar nada a NINGUÉM quem você é prove a VOCÊ mesmo que VOCÊ é humana e tem capacidade para ser FELIZ e lembre-se que voce é filha de DEUS seja FELIZ Carlos Baggio