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sábado, 25 de setembro de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - Sete Misses na Ilha de Caras

Daslan Melo Lima


          Angra dos Reis, Rio de Janeiro, um final de semana  no primeiro mês do ano 2000. Num espaço paradisíaco,  exclusivo para a revista CARAS hospedar celebridades especialmente convidadas,  sete misses brasileiras se encontraram.


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Da esquerda para a direita: Rejane Goulart (Rejane Vieira da Costa, Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, vice-Miss Universo 1972); Martha Vasconcellos (Miss Bahia, Miss Brasil, Miss Universo 1968); Deise Nunes (Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, semifinalista no Miss Universo 1986); Lúcia Petterle (Miss Guanabara, vice-Miss Brasil, Miss Mundo 1971); Leila Schuster (Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, semifinalista no Miss Universo 1993);  Ieda Maria Vargas (Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, Miss Universo 1963) e Márcia Gabrielle (Miss Mato Grosso, Miss  Brasil, semifinalista no Miss Universo 1985).  ***** Foto: Marcelo Tabach, revista CARAS, 04/02/2000.

           As polegadas a mais já não são o pesadelo na vida de cada uma delas.  Mas o título de Miss Brasil conquistado por todas ainda faz parte da memória de Ieda Vargas (55), Martha Vasconcellos (51), Lúcia Petterle (49), Rejane Goulart (45), Márcia Gabrielle (35), Deise Nunes (32) e Leila Schuster (27).  Reunidas na Ilha de CARAS, elas impressionaram não somente pelo porte que as transformou em símbolos da beleza brasileira, mas pelo clima de amizade e cumplicidade mútuas. Nada de rivalidades. Ao contrário, a conquista da coroa e do cetro as aproxima, mesmo quando a distância e os anos as separam.
Atrás, da esquerda para a direita: Rejane Goulart, Ieda Vargas, Deise Nunes e Márcia Gabrielle. Na frente, da esquerda para a direita: Martha Vasconcellos, Lúcia Petterle e Leila Schuster. (Foto:Nelio Rodrigues, CARAS, 04/02/2000) 
                                                                   
          "Para que tu tenhas um futuro, é preciso que tu tenhas um passado. E eu adoro o meu passado. E amo viver. Eu queria ficar para semente”, disse a esfuziante Ieda. “Claro que sabia que não era a mulher mais bela do mundo. Mas eu estava no lugar certo, na hora certa”, completou ela com seu sotaque gaúcho, depois de um passeio de lancha pelo mar de Angra.
          Se a recordação dos históricos concursos fez parte da conversa, engana-se quem pensa que o tom era de nostalgia. A alegria parece ser um denominador comum e o festejado passado era lembrado com muito bom humor. Até mesmo quando – durante o almoço preparado pela chef Graça Tanaka(38), do restaurante carioca Tanaka – o assunto girava em torno dos cuidados para manter a beleza.

Belas al maré. A bordo da lancha off shore da Intermarine, de 45 pés, elas adoraram o passeio pela Baía de Angra dos Reis. (Foto: Nelio Rodrigues, CARAS, 04/02/2000)
          O segredo de Ieda, Martha, Lúcia, Rejane, Márcia, Deise e Leila é certamente o fato de não terem insistido em viver apenas do glamour dos tempos de miss. “Ter sido Miss Brasil, em 1993, foi a melhor experiência da minha vida. Mas hoje tenho outros objetivos. Apresento um quadro de entrevistas na CNT, tenho uma família linda”, explica Leila, a mais jovem do grupo. Apesar de morar no Rio de Janeiro - com o marido, Hélio Viana (41), e o filho, Klaus (3) -, é do Rio Grande do Sul, assim, como Ieda, Rejane e Deise.
Sete Misses no mar da Baía de Angra dos Reis.  (Foto: Nelio Rodrigues, CARAS, 04/02/2000)
          As gaúchas eram maioria mas nem por isso discriminaram as cariocas Lúcia e Márcia e a baiana Martha Vasconcellos, que ganhou os títulos de Miss Brasil e Miss Universo, em 1968. “Continuo morando em Salvador, mas este ano me mudo pra Boston, nos  Estados Unidos, onde pretendo estudar Psicologia. Vou sozinha. Passei  30 anos da minha vida cuidando de marido e filhos. Agora, divorciada, quero cuidar de mim”, revela Martha, separada do empresário Reinaldo Loureiro (55), com quem teve os filhos, Leonardo(28)  e Leilane(26).  A neuropediatra Lúcia Petterle – que conquistou o título de Miss Mundo, em 1971, em Londres – e a empresária Márcia Gabrielle – Miss Brasil em 1985 – também se separaram recentemente. E estão muito bem. “Estou apaixonada e vivendo um momento especial. Deus foi muito bondoso comigo”, contou Márcia, que, após divorciar-se de Marcelo Deorce (29), namora o economista João Saldanha (30).

O bom humor foi a tônica do encontro das sete misses. (Foto: Nelio Rodrigues, CARAS, 04/02/2000)
   
         Despreocupadas com a figura do príncipe encantado, elas discutiram animadamente sobre a leitura de um livro que marcou o mundo das misses: O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. Durante anos, segundo a imprensa, o livro de cabeceira de todas as rainhas da beleza era esse. “Acho que existe um enorme preconceito em relação ao Pequeno Príncipe”, que é muito bonito e bem escrito.”, defendeu Rejane, Miss Brasil, em 1972, ano em que ficou em segundo lugar no concurso de Miss Universo. Há algum tempo Rejane optou por um casamento em casas separadas, depois de  13 anos de vida em comum, com Ítalo Granato  (49), diretor de produção da Rede Globo. “Me sinto privilegiada. Já trabalhei muito, agora me dou o direito de ser mais seletiva”, diz ela que se tornou atriz de TV e mora no Rio há 23 anos. “Já incorporei a carioquice, mas o hábito gaúcho de fazer um bom churrasco eu não perco.”
          A tímida Deise Nunes já morou no Rio também, mas voltou para Porto Alegre, onde se casou com o empresário Lair Frest (42). Festejada como a primeira Miss Brasil negra, em 1986, a bela mulata começou a trabahar como modelo aos 14 anos e, aos 16, ganhou o concurso Rainha das Piscinas. “Nessa época, descobri que havia discriminação racial, o que até então eu nunca vivenciara. Me lembro de, depois de ter ganho como Rainha das Piscinas, que é  um concurso importante no Sul, ouvir um rapaz comentar com um amigo que, no meio de tantas louras, foi ganhar justamente uma negra. Dois anos depois, virei Miss Brasil”, contou Deise, antes de brindar com champanhe o reencontro com as belas amigas.
   

A pose típica que ficou conhecida como "pezinhos de misses". Da esquerda para a direita, os pés de Rejane Goulart , Martha Vasconcellos, Deise Nunes, Lúcia Petterle, Leila Schuster, Ieda Maria Vargas e Márcia Gabrielle.  (Foto:Marcelo Tabach, CARAS, 04/02/200)
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            Angra dos Reis, Rio de Janeiro, um final de semana no primeiro mês do ano 2000, inesquecível para as Misses, para o sol, para o mar, para o vento... Inesquecível para a  areia da praia que se deixou pisar pelos pés de sete belas mulheres que tão bem representaram o Brasil nas passarelas internacionais.

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sábado, 18 de setembro de 2010

SESSÃO NOSTALGIA ESPECIAL - Miss Brasil Latina 2011

CONCURSO MISS BRASIL LATINA 2011


Texto: Daslan Melo Lima 
Imagens: DJR-DML/Passarela Cultural


Teatro Beberibe, Centro de Convenções de Pernambuco, terça-feira, 22h, 14/09/2010. Enquanto caía uma chuva de papel picado, sob os aplausos das suas colegas de concurso, Cíntia Regert abria aos braços para agradecer a Deus pela vitória.Começava o início do reinado da nova Miss Brasil Latina.
 

Banners afixados na área externa do Teatro Beberibe, Centro de Convenções de Pernambuco


            Pela segunda vez, o Recife foi palco do Miss Brasil Latina, concurso que elege a representante do Brasil no Miss América Latina Del Mundo, certame que é realizado na República Dominicana. Tive a satisfação de fazer parte da comissão julgadora , etapas semifinal e final. 



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SEMIFINAL

          O concurso Miss Brasil Latina 2011 teve duas etapas: a primeira no domingo, 12, às 20 h, com a semifinal no Dayse Nogueira Recepções, em Olinda, e a segunda na terça-feira, 14, às 20h, no Teatro Beberibe, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Eu e as representantes dos dois Estados da minha vida, Rafaele Vanderley (Alagoas, meu Estado natal) e Suzan Regina Silva (Pernambuco, meu Estado adotivo)
          Na semifinal, as candidatas desfilaram de biquíni e  traje de noite. Cada membro da comissão julgadora analisou a plástica e a elegância de cada candidata e optou pelas 12 semifinalistas, mas o resultado só foi divulgado na noite da final.

Na primeira foto, durante a semifinal do Miss Brasil Latina 2011, eu e minha amiga mexicana Lizbeth Trujillo, jurada internacional. Lizbeth Trujillo é produtora cultural e foi chaperona do Miss Universo 1979. Entre as Misses célebres que gozam de sua amizade estão: Ieda Maria Vargas (Miss Brasil-Miss Universo 1963), Janelle Penny Commissiong (Miss Trinidad Tobago-Miss Universo 1977) e Lupita Jones (Miss México-Miss Universo 1991). ***** Acima, aspecto do desfile em conjunto das candidatas em traje de gala.
Vanessa Rocha (Miss Bahia Latina 2010, Miss Brasil Latina 2010, quarto lugar no Miss América Latina del Mundo 2010), eu e Williana Siqueira (Miss Alagoas 2008, Miss Brasil Latina 2009, terceiro lugar no Miss América Latina del Mundo 2009), no Dayse Nogueira Recepcções.


DETALHES

          A  coordenação foi de Fernando Bandeira Diniz e Luiz Welter de Souza. ***** O tecladista Allan Montarroyos tocou e encantou na semifinal, enquanto na final a atração artística foi o Maracatu Estrela Brilhante, do Alto José do Pinho.  ***** As  21 jovens de vários Estados brasileiros chegaram no sábado, 11, e tiveram a oportunidade de fazer passeios inesquecíveis. Visitaram a Oficina Brennand e Porto de Galinhas.**** Os apresentadores do concurso no Teatro Beberibe foram os jornalistas Cristina Cadaval e Tádzio Estevam.

COMISSÃO JULGADORA

          Tive a satisfação de compor a comissão julgadora da etapa final ao lado das seguintes personalidades: Fernando Machado (jornalista);  Lizbeth Trujillo Cortes (produtora cultural mexicana,  chaperona do concurso  Miss Universo  1978);  Virgínia Vetorazzi (Miss Pan-americana 2010);  Mirella Marques (jornalista do Diario de Pernambuco) ; Leo Sandres e Ricardo de Castro (estilistas);  Júlia Katia Lopes (famosa manequim dos anos 70/80, Miss Grupo Jovem de Boa Viagem, semifinalista do Miss PE 1976); Carlos Cajueiro (fotógrafo); Marcos Vinícius (empresário, representante da Embelleze), Márcia Interaminense e Heloísa Bandeira (representantes da empresa Bazar do Cabeleireiro), Lourdes Barreto (designer de jóias e antiquária) e Fabiana (Agência  Fabiana Scouter Brasil). Eu e algumas dessas pessoas também marcamos presença no júri da semifinal, Fernando Machado, Julia Katia Lopes, Lizbeth Trujillo...

AS CANDIDATAS

          Elayne Lira (Acre) /  Rafaele Vanderley (Alagoas) /  Anne Caroline Ribeiro (Amazonas) / Renata Marzolla (Bahia) /  Paloma Veja (Ceará) /  Ana Paula Brasileiro (Distrito Federal) /  Gabriela Brandão (Espírito Santo) /  Adriele Araújo (Goiás) /  Samara Valencio de Melo (Mato Grosso)/  Karina Batistela (Mato Grosso do Sul) /  Samarah Zigler (Minas Gerais) /  Ana Paula Silva Dias (Pará) /  Sammires Albuquerque (Paraíba) /  Alana Fontoura (Paraná) / Suzan Regina Silva (Pernambuco) /  Amanda Leontina Silva (Rio de Janeiro) /  Priscilla Durand (Rio Grande do Norte) /  Cíntia Regert (Rio Grande do Sul)/  Eduarda Schneider (Santa Catarina) /  Verônica Motter (São Paulo)  /  Gabriela Queiroz (Sergipe).


TRAJES TÍPICOS

Sammires Albuquerque e Renata Marzolla
          Os trajes típicos, tradição dos mais importantes concursos brasileiros desde 1963, remetem à diversidade cultural do nosso imenso país-continente e não deixam de ter seu lado curioso e cultural. Os de Miss Bahia ,  Renata Marzolla, e Miss Paraíba , Sammires Albuquerque, empataram em primeiro lugar.  A primeira remeteu ao Candomblé e a segunda homenageou Ariano Suassuna.


SEMIFINALISTAS - FINALISTAS - TOP 3

          As 12 semifinalistas: Elayne Lira (Acre), Renata Marzola (Bahia), Paloma Vega (Ceará), Gabriela Brandão (Espírito Santo), Samara Valencio de Melo (Mato Grosso), Karina Batistella (Mato Grosso do Sul), Samarah Zigler (Minas Gerais),  Alana Fontoura (Paraná), Suzan Regina Silva (Pernambuco), Priscilla Durand (Rio Grande do Norte), Cintia Regert (Rio Grande do Sul) e Verônica Motter (São Paulo).
           Três delas já tinham experiência em passarelas nacionais: Paloma Vega (Miss Bahia 2009, semifinalista do Miss Brasil), Renata Marzolla (Miss Bahia 2007, semifinalista do Miss Brasil) e Suzan Regina (Miss Pernambuco Terra 2009, semifinalista  do Miss Terra Brasil). 


TOP 6 - Da esquerda para a direita: São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul e Ceará. Tarefa complicada para a comissão julgadora apontar a primeira colocada. O ideal seria que todas podessem representar o nosso imenso país  no exterior.



TOP 3. Da esquerda para a direita: Verônica Motter-São Paulo, terceiro lugar; Cíntia Regert-Rio Grande do Sul, primeiro; e Alana Fontoura-Paraná, segundo lugar.
     
          Eduarda Schneider, Miss Santa Catarina, não conseguiu disfarçar seu descontentamento por não ter sido incluída entre as doze, mas foi a primeira Miss não classificada a correr para abraçar a vencedora, gesto que foi seguido por todas, numa clara demonstração de espírito esportivo.

OS PRÊMIOS ESPECIAIS

           Miss Biquini (Paloma Vega/Ceará); Miss Elegância (Priscilla Durand/Rio Grande do Norte); Miss Internet (Veronica Motter/São Paulo), Miss Simpatia (Gabriela Queiroz/Sergipe) e Miss Personalidade (Alana Fontoura/Paraná).

OS MAIS BELOS VESTIDOS

          Entre tantos vestidos  bonitos, destaques para os de Miss  Mato Grosso do Sul, Karina Batistella;  Miss Rio Grande do Norte, Priscila Durand (um modelo criado por Pedro Neto, lembrando o famoso traje de Monica Farall, Miss África do Sul 1968, um escândalo para a época por causa do generoso decote) e Miss São Paulo, Verônica Motter.
          Os vestidos das Misses Acre e Mato Grosso foram confeccionados pelas próprias. Miss Acre renunciou à sua festa de formatura em Moda para participar do concurso.


FLASHES
Cintia Regert ladeada pela jurada mexicana Lizbeth Trujillo e Eduarda Schneider
O coordenador Pedro Neto ladeado pelas representantes dos Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte

O fotógrafo Carlos Cajueiro, integrante da comissão julgadora, ladeado por Suzan Regina (Pernambuco) e Alana Fontoura (Paraná) 
Beleza em dose dupla: Sammires Albuquerque, paraibana de São João do Rio do Peixe, e o seu namorado Felipe
Todas esqueceram as tensões para saudar a vencedora
Eu, Sammires Albuquerque e Pedro Neto, na semifinal. Abaixo, na final, as representantes de Pernambuco e Paraná e o carinho dos admiradores.
Cíntia Regert e o coordenador Anderson Sassy

Muito emocionado, o jovem gaúcho Anderson Sassy, cooordenador do Miss Rio Grande do Sul Latina, ria e chorava ao mesmo tempo, quando o nome de Cintia Regert foi anunciado como Miss Brasil Latina 2011.



Desde às 16 horas que o maquiador estava nos bastidores e só relaxou após às 22 horas, quando pediu para ser fotografado ao lado da vitoriosa.
Eu e Cíntia Regert




 

Virgínia Vetorazzi, a gaúcha que tão bem representou seu estado no Miss Brasil Latina do ano passado, fez parte da comissão julgadora e recebeu da coordenação do MBL o título de Miss Brasil Pan-Americana 2010. Na imagem de cima, Virgínia Vetorazi e Vanessa Rocha, Miss Brasil Latina 2010.

Eu e Virgínia Vetorazzi


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          Um concurso de beleza não é apenas glamour. Há outros ingredientes: suor, tensão, determinação, disciplina, risos, lágrimas... E tem um item transcendental: a magia dos sonhos. 
           Na comissão julgadora,  busquei ser o mais verdadeiro possível diante de minha consciência. Um título de beleza é para sempre e ninguém tem o direito de brincar com o destino de lindas jovens sonhadoras. Um voto, um ponto, pode mudar para sempre a rota da caminhada de uma garota. 
           Meninas lindas, sonhadoras e maravilhosas do Miss Brasil Latina 2011, desejo que DEUS reserve para todas um destino iluminado, na melhor acepção da palavra, independente dos flashes transitórios de um palco e de uma passarela. Vocês jamais esquecerão o setembro pernambucano de 2010.
            O título máximo tinha que ficar apenas com uma. Ficou com Cíntia Regert. Está em boas mãos. 

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sábado, 11 de setembro de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - DÉBORA AMORIM PALMEIRA, MISS COTAL- CONFEDERAÇÃO DE TURISMO DA AMÉRICA LATINA 1986

Daslan Melo Lima

PRÓLOGO

         Dois anos após o imenso sucesso de Suzy Sheila Rêgo como Miss Pernambuco , vice-Miss Brasil e vice-Miss Mundo Brasil 1984, surgiu nas passarelas do Recife outra garota maravilhosa, simpática, carismática:  Débora Amorim Palmeira, eleita Miss Cotal – Conderação de Turismo da América Latina 1986, no encerramento da Feira de Turismo, dentro da programação do Congresso da Cotal .

DÉBORA AMORIM PALMEIRA, MISS COTAL 1986

Débora Amorim Palmeira, Miss Cotal-86. 
(Foto de Fernando Gusmão, coluna de João Alberto, Diario de Pernambuco, 17/05/1986)
           Débora Amorim Palmeira, uma garota lindíssima de apenas 17 anos, é a Miss Cotal-86. Foi eleita, com a maior justiça, durante concurso realizado no Auditório Brum do Centro de Convenções e que despertou o maior interesse. Tanto que estava superlotado com um público entusiasta, torcendo pelas 14 jovens, de várias nacionalidades que participaram do evento. Eram todas recepcionistas que atuaram nos stands das diversas empresas e órgãos de turismo na Feira que se realizou paralelamente ao Congresso.
          A vencedora representou Pernambuco. Mais precisamente o grupo Hotéis de Pernambuco, dos meus amigos Zezito Pedrosa e Samuel Oliveira. Este, ao lado de Waldemir Pontes, comandando a torcida e vibrando intensamente com a vitória.  A promoção foi do Diners,uma empresa que merece todos os aplausos pelo apoio total que deu ao Congresso da Cotal, e teve a coordenação sempre eficiente de Léa Pabst Craveiro.
          As candidatas se apresentaram inicialmente com a farda com que trabalharam na feira de Turismo e, depois, de maiô. Foram escolhidas cinco finalistas e delas escolhidas a Miss e as princesas.  A vencedora ganhou duas passagens da Varig para o Rio de Janeiro e hospedagem de uma semana no hotel mais luxuoso do país, o Rio Palace. As princesas, jóias. A segunda colocada foi Margareth Batista da Silva, que representou a Embratur e a terceira, Ana Elizabeth de Andrade, de Hotéis Recife. As outras finalistas foram Adriana César Veras (Rio de Janeiro) e Patrícia Lacerda (Minas Gerais).
          O presidente da Cotal, Mário Amestoy, e o presidente da Abav nacional, Modesto Mastrorosa, foram  prestigiar o concurso. Tive o prazer de integrar a comissão julgadora, ao lado de Horácio Neves (diretor da revista Brasilturis); Izais Rosemblatt (coordenador do congresso da Cotal), Pat Carmen (diretora de vendas da Revista da Cotal), Fernando Areias (representante da Embratur em Pernambuco) e Nelson Lopes (gerente de promoções do Diners). A presidência foi de Gonzalo Córdoba, secretário geral da Cotal.
(João Alberto, Diario de Pernambuco,  17/05/1986)

O charme e a beleza de Débora Amorim
(Foto: coluna de João Alberto, Diario de Pernambuco, 25/05/1986)
           Débora Amorim, a linda pernambucana que conquistou o título de Miss Cotal-86, foi convidada para participar de uma reunião daquele órgão de turismo que se realizará em Honduras. Vai em companhia do coreógrafo Romildo Alves.
          Com apenas 16 anos, ela já começa a ser lembrada para disputar o título de Miss Pernambuco e deve iniciar carreira de manequim e modelo, inclusive como carro-chefe da nova campanha publicitária dos Hotéis Pernambuco, que ela representou no concurso.
         (João Alberto, Diario de Pernambuco, 25/05/1986)

Débora Amorim, a bela Miss Cotal-86, entre o presidente da Embratur, João Doria Junior, e o empresário Samuel Oliveira Neto.
(Coluna de João Alberto, Diario de Pernambuco,  02/06/1986)

EPÍLOGO

         Para muitos, Débora Amorim Palmeira, Miss Cotal 1986, poderia ter ido mais longe do que Suzy Sheila Rêgo. Era um “furacão” , uma deusa com todo aquele “va-va-vum”, gíria usada  em foruns de concursos de misses para designar  jovens  que provocam todo aquele impacto positivo na passarela. Esperei que ela reaparecesse na mídia como  candidata ao título de Miss Pernambuco nos anos seguintes, mas depois daquele 1986, não ouvi falar mais no seu nome.
          A Cotal vai promover o seu 52º  Congresso em Lima, Peru, de 13 a 15 de outubro. Não sei se haverá um concurso de beleza no encerramento das festividades.  Só sei que, para mim, o nome Cotal  estará eternamente associado ao de uma maravilhosa garota pernambucana  chamada Débora Amorim Palmeira, Miss Cotal-Confederação de Organizações Turísticas da América Latina 1986.

              

sábado, 4 de setembro de 2010

SESSÃO NOSTALGIA - Valda Maria Franqueira, Miss Objetiva Internacional 1969

Daslan Melo Lima


       Uma associação que congregava fotógrafos profissionais paulistas promoveu durante muitos anos o concurso Miss Objetiva do Brasil-Miss Objetiva Internacional, espécie do Miss Brasil-Miss Universo em tom menor, com uma seletiva nacional e outra internacional, ambas na capital do Estado de São Paulo.
          
          O Miss Objetiva dava ênfase à fotogenia das concorrentes, afinal era promovido por fotógrafos e o termo objetiva, na linguagem fotográfica, na definição do Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989) significa a peça da parte anterior de máquina fotográfica, formada de lentes fixadas por uma armação com diafragma. Uma expressão era muito usada outrora:  "X posou para a objetiva do fotógrafo Y", a palavra objetiva usada como sinônimo de máquina fotográfica.

Várias garotas maravilhosas fizeram sucesso na passarela do Miss Objetiva, tais como: 
Carmen Teresinha Lucca (Miss Objetiva do Brasil e Miss Objetiva Internacional 1963); 
Nádia Lins de Albuquerque (Miss Objetiva do Brasil e vice-Miss Objetiva Internacional 1968); 
Valda Maria Franqueira (Miss Objetiva do Brasil e Miss Objetiva Internacional 1969); 
Rosângela Carvalho Monteiro da Silva (Miss Objetiva do Brasil 1971);
Fátima Antunes (Miss Objetiva do Brasil e vice-Miss Objetiva Internacional 1972).  
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Carmen era gaúcha; Nádia, Rosângela e Fátima, pernambucanas; Valda era de Minas Gerais. Carmen e Fátima já foram homenageadas na Sessão Nostalgia. Esta semana, estou resgatando um pouco da história de Valda, um dos rostos mais expressivos e famosos do final da década de sessenta e dos primeiros anos da década seguinte.


VALDA, MOÇA OBJETIVA

Valda Maria Franqueira, Miss Objetiva do Brasil e Miss Objetiva Internacional 1969. Capa da revista O CRUZEIRO,  30/10/1969.

               Não foi surpresa. Quando,  pela primeira vez, ela desfilou para a platéia do Clube Jaraguá, em Belo Horizonte, poucos duvidaram de que ela conseguisse o título de Miss Objetiva 1969. A torcida do Cruzeiro,  em peso, aplaudindo  sua candidata. Após a festa, Valda Maria Franqueira era apontada sem discussões para representar Minas Gerais no concurso nacional. Onde já entrava como favorita.
Miss Objetiva do Brasil e Miss Objetiva Internacional 1969. (O Cruzeiro, 30/10/1969)

           A história se repetiu na noite de sábado, dia 18, no Clube Paulistano. Lá, disputando com as candidatas dos outros estados, Valda levou para Minas a vitória.
          Quando Valda esteve nos Estados Unidos foi convidada para trabalhar no cinema. Não aceitou. ”Em relação ao cinema, diz ela, prefiro ser apenas uma espectadora tranqüila e sem compromisso.”
          Seu prêmio de Miss Objetiva inclui viagens, algumas viagens com que ela sempre sonhou. Valda pensa em visitar países distantes. Japão, por exemplo. Depois das passarelas, voltará a freqüentar seus clubes mineiros, praticar seu esporte – volei – e estudar:   “Gosto de ser Miss. Mas quero mesmo é ser médica.”

VALDA VENDE TUDO O QUE ANUNCIA
Valda Maria Franqueira na capa da revista Manchete, 13/10/1973
                Valda Maria Franqueira em 1969, seduziu com seu rosto fascinante todos os jurados do concurso Miss Objetiva Internacional, realizado em São Paulo. E ganhou para o Brasil mais um título. Hoje, é o modelo mais disputado pelas agências de propaganda de Minas Gerais. No entanto, Valda permaneceu uma moça simples e doce, à mineira. Não quer ser apenas mais uma miss, num planeta abarrotado de belezas premiadas. Atualmente, ela cursa o terceiro ano de Medicina da Universidade Federal de  Minas Gerais, pretendendo se formar em Psiquiatria infantil.
          Iniciou sua carreira de manequim em 1964, descoberta pela  Denison Propaganda, que a contratou para participar das campanhas publicitárias de uma grande loja de Belo Horizonte.   O sucesso foi imediato. Não havia consumidor que resistisse ao meio – o rosto lindo de Valda – que comunicava a mensagem. Mais tarde, ela se inscreveu no concurso de Miss Objetiva e ganhou sucessivamente – sem cansar a beleza – todos os títulos de Minas, do Brasil e – também – do Mundo, entre 50 candidatas de todas as nacionalidades.

Valda Maria Franqueira  (Manchete, 13/10/1973)
           Dedicada aos estudos, Valda passou algum tempo afastada das câmaras, mas, recentemente, aceitou participar de uma grande campanha publicitária para a loteria de Minas. Impondo sua graça e seu charme, Valda dizia no vídeo e nas telas de cinema: “A Mineira (Loteria) só sai para mineiros.” As vendas imediatamente se multiplicaram. Agora, todos os publicitários de Minas têm planos para Valda. Ela continua firme no seu: consertar as neuroses infantis como psiquiatra especializada. Parece que sua beleza contribuirá para o tratamento e as curas.
(Manchete, 13/10/1973. Detalhe: no texto original, o nome da Miss Objetiva Internacional 1969 foi escrito com a letra W, Walda.)

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           Valda Maria Franqueira chegou a fazer cinema. Ganhou um papel no filme Sagrada Família, dirigido pelo seu conterrâneo Sylvio Lanna, mas ser atriz e viver  na frente das câmaras por longo tempo não era o seu objetivo. Para a Miss Objetiva do Brasil e Miss Objetiva Internacional 1969, o objetivo era ser médica, cuidar das crianças com uma determinação superior  àquela que a fez ser uma das jovens mais fotografadas do Brasil.

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